sábado, 27 de junho de 2009

As vezes é melhor ficar de boca fechada...

Mês de maio e diga-se de passagem que o tempo frio chegou mais cedo. Após um final e começo de semana cuidando de dois cachorrinhos Rothivaller de mais ou menos 50 kg, tais cãezinhos sobre minha responsabilidade são do meu cunhado, que junto com sua esposa foram para o Sul, prestar um concurso e aproveitaram para descansar um pouco após um turbulento período na vida de nossa familia.
E passeio, é passeio, fotos e mais fotos, pontos turísticos e mais pontos turísticos, estavam lá os dois passeando nos momentos livres de provas e chegaram a encarar 8° C e que tremendo frio, mas no Sul é assim mesmo baixas temperaturas mantém o tempo frio.
E vamos lá segue o passeio, que tal compras, é tiveram este momento tão esperado e especial pelas mulheres. Olha só este que graça bem? Este é a cara dela? Este outro foi feito para aquela coisinha fofa? E assim foram até que se depararam com um artefato muito bonito, usado e cobiçado por moradores ou não daquela região. E foi tiro e queda é a cara do Mico-leão-Simões, mas quem vai escolher? Ah você que é homem escolhe pra ele. Foi assim, uma peça belíssima à escolhida.
A volta foi calma e já no primeiro dia após a chegada adivinhem só? Jantar com as nossas famílias e diga-se de passagem que jantar gostoso, lasanha de brócolis, maravilha!
Ao chegarmos na casa de nossos saudosos parentes, minha cunhada com uma cuia de chimarrão saboreava um delicioso CHIMARRÃO (mate com água quente) e com a boa educação que todos nós temos, ela toda solicita vem a me oferecer “- Servido? Quer um pouco?”
Eu e minha boca tão grande respondo?
- Eu não Deus me livre não gosto desse tal de chimarrão! Uh! Na aeronáutica onde trabalhei um chefe meu era gaúcho e ficava tomando esse negócio ruim e oferecia pra todo mundo e eu não tomava nem forçado. Percebi um silêncio partindo dela, que não seria uma coisa normal, pra quem a conhece, mas logo em seguida já emendei uma outra conversar.
O jantar estava uma delícia, conversas divertidas, foram momentos como sempre prazerosos, histórias da viagem, dos passeios e lógico dos cachorros e seguiu tudo calmo até que o sono começava a pairar por todos nós e em seguida escutamos uma frase bem baixa e tímida, - Vamos aos presentes!
Este é pra minha cunhada – um belo gorrinho feminino do sul. Este é pra minha sobrinha uma caixa com deliciosos chocolates de gramado, uh! Mais que delícia! Ah o do Mico-leão-Simões eu não vou pegar. Pega você meu marido? Foi você quem escolheu! Eu não! Pega você? E ficou aquele empurra, empurra pega você, não você até que percebi que devia ter feito alguma coisa errada e as gargalhadas que se estendiam de minha cunhada veio acompanhada em um embrulho com um papel celofane amarelo e uma bela cuia, com um brasão dizendo sua origem “lembrança de Gramado”.
Fiquei vermelho, roxo e poderia dizer que passei pelas cores do arco-íris, mas esse negócio de arco-íris é coisa de são-paulino. E era uma sensação de humor e desespero por causa da minha boca grande e ainda meu cunhado que não gosta de um mar-feito emendou “E tem mais, tem 1kg de mate pra já sair tomando”. Tentei argumentar falando que não gostava por que todo mundo tomava na mesma bomba e que não era acostumado e a coisa só ia ficando mais hilária...
Chegando em minha casa, adivinhem só?
Fui tomar um chimarrão que não era tão ruim, mas confesso que era bem amargo e até achamos uma solução junto com minha esposa: um pouco menos de mate e um pouquinho de açúcar e posso dizer que até é gostosinho no frio, é claro, mais ainda vim a me convencer que “As vezes é melhor ficar de boca fechada, do que falar besteira”.

Um comentário:

Meire Canale disse...

Que mico, heim... fui testemunha ocular! Amo você. Meire (esposa)